quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Noni (Morinda citrifolia)

Noni (Morinda citrifolia) é um arbusto pertencente à família Rubiaceae, originário do Sudeste Asiático, mais propriamente na Ilha do Suriname, Polinésia, Taiti, Havaí e China. Trata-se de uma planta que pode atingir até 12 m de altura e que apresenta um fruto exótico. Os frutos apresentam coloração que varia entre verde e amarelo claro e após a colheita apresentam odor forte e desagradável.

Predominantemente composto por carboidratos. Estudos apontam que existem diversos componentes fitoquímicos já identificados na planta, sendo a maior parte dos micronutrientes compostos fenólicos, ácidos orgânicos e alcaloides. Dentre os compostos fenólicos, os mais importantes são as antraquinonas.

Segundo estudos apresentados por Farine et al., (1996), uma característica típica da fruta é seu sabor desagradável, o que é justificado pela presença de ácidos graxos livres em sua composição.

Ainda em termos de composição química, alguns dos dados apresentados, mostraram uma quantidade elevada de proteínas contidas no fruto. Os principais aminoácidos encontrados foram o ácido aspártico, ácido glutâmico e isoleucina.

Elevada porcentagem de minerais, destacando-se o potássio, enxofre, cálcio e fósforo. As principais vitaminas identificadas foram ácido ascórbico (Vitamina C) e pró-vitamina A.

Quanto ao consumo e utilização da fruta, há relatos de que nos países asiáticos ocorra há mais de 2000 anos. Nesses países, as folhas, raízes e frutas são utilizados para consumo, tanto in natura (como alimento) como na medicina popular (como medicamento). Em ambos os casos o objetivo é o tratamento de enfermidades como dores diversas, tumores, inflamações, hipertensão, fadiga, entre outras.


No entanto, nas últimas décadas, observou-se, em todo o mundo, um aumento  significativo do interesse comercial em relação aos produtos contendo essa planta, principalmente no suco da fruta.

Esse forte apelo comercial é devido a todas as características benéficas atribuídas a esse produto. Entretanto, as evidências científicas confiáveis para os benefícios dessa fruta e seus subprodutos ainda são limitadas, principalmente no Brasil, onde a fruta possui consumo recente (desde 2004).

Em função disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por meio do Informe Técnico nº. 25 de maio de 2007, proibiu a comercialização dos produtos contendo noni. Essa proibição é válida até que os requisitos legais que exigem a comprovação de sua segurança de uso sejam atendidos.

Estudos apresentaram fortes indícios de que o consumo não controlado do suco noni estava diretamente interligado a casos de hepatite e variados desconfortos gastrintestinais. Estes apontaram que consumir até 30 mL do suco não leva à efeitos tóxicos no organismo. 

Tendo por base as poucas publicações científicas sobre o suco de noni e o fato de que elas ainda apresentam muita controvérsia sobre a segurança do noni como alimento/medicamento, considera-se importante que seu consumo seja feito apenas sob supervisão profissional e na quantidade recomendada (30 mL/dia, menos que um copo de café). 

Dessa forma, garante-se a devida avaliação de sua segurança, baseado na real necessidade e funcionalidade do alimento/medicamento para os fins devidos.

A matéria escrita por Ariane de Oliveira pode ser lida na integra no site http://nutricaoemfoco.com.br/pt-br/modulos/imprimirpub.php?secao=alimentos-N-P&pub=6148&impressao=sim.  

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